sábado, 7 de maio de 2011

Sou interiorana!

Ser do interior tem lá suas vantagens, e olha quem nem sempre pensei assim. Moro em Porto Alegre há 1 ano e meio e desde que vim pra cá entendi porque as pessoas não param para conversar, acham que uma pergunta é um assalto, pensam que intimidade é interesse. Interessante que quem é natural daqui ou mora aqui há muitos anos, reconhece um interiorano só de observar seu comportamento.
Não consigo "ainda" ser diferente, não mostrar que sou de Bagé e olhar com desconfiança para o indivíduo que está o meu lado. Converso, faço amizade, troco telefone, ser comunicativa é o meu jeito, mas cá entre nós, essa característica combina muito com o pessoal oriundo de cidade pequena. Há pouco que aprendi a segurar a bolsa e não ficar falando no celular em toda parte. Cuidado sim, privação nem pensar.
Sabe o que é legal dessa gente interiorana, é o valor que a gente dá para as amizades, para estar junto, compartilhar momentos. Não posso generalizar, contudo posso afirmar que a maioria das pessoas com que convivo acham tudo tão difícil, se ver é complicado, fazer um passeio não dá por "n" motivos, enfim, não vejo essas pessoas valorizando o lado simples da vida.
Curto conversar com os vizinhos, fazer um agrado levando uma provinha de alguma receita que tenha preparado, adoro receber amigos na minha casa para tomar um mate, gosto de gente, de comer bergamota no sol vestindo um velho moletom, gosto de sair de noite sem me preocupar c/minha integridade física, gosto de me permitir conhecer melhor alguém sem medos e dúvidas sobre quem é realmente esse ser. E principalmente, tenho comigo, aquele jeito de quem foi nasceu e se criou numa cidade como Bagé, de acolher quem chega e desejar um "volte sempre"de todo meu coração.
Té!!! ***Ana ***

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Falsa modéstia...

Ser simples, humilde, são algumas das definições que estão ligadas à modéstia, segundo o povo e definições do dicionário. Mas e aí? Quer dizer que deixo de ser uma pessoa simples e humilde por não ser modesta? Não que não seja, mas prefiro deixar a falsa modéstia de lado e falar o tenho de bom...
Se você é bom no que faz, por qual motivo precisa ficar envergonhado, esperando que alguém lhe teça elogios e quem sabe promulgue verdades boas sobre a sua pessoa? Porque não pode simplesmente dizer: é, eu sou bom nisso sim, escrevo bem, sou ótimo nisso ou naquilo, desenho direitinho, cozinho maravilhas e faço e aconteço.
Qual o problema de uma pessoa ser boa em alguma coisa? Cá entre nós, o mundo é assim, fica mais "bonitinho" fazer charme ou se fazer (literalmente!) do que falar o que pensa sobre sí mesmo.
Já vesti a personagem que fica se fazendo e tem vergonha de ser boa em alguma coisa. Se alguém não acha, problema é seu, eu acho e quem me interessa aprova. Sim, o que o outro pensa interessa, vivemos em sociedade, ainda ansiamos pela aceitação. Embora muitos neguem.
Outro dia eu me vi tendo vergonha de dizer que sabia fazer todas as comidas (pratos) que me perguntavam. Pensando o tempo todo nisso, fiquei colocando na balança se estava me exibindo, se parecia arrogante aos olhos dos outros, ou se estava sendo sincera. A última opção prevaleceu. O que me perguntavam, talvez por serem pratos simples, do cotidiano, eu sabia fazer. Por acaso ninguém perguntou algo que não soubesse ou que ficasse ruim. Se assim fosse, não teria vergonha de dizer. Que problema há nisso?
O cuidado é pra que essa falta de modéstia vire presunção... Aí é que mora o perigo.
Ah, a propósito... Não tenho mão boa pra bolos decorados.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O amor que eu tenho mais saudade

A Bellynha é uma cachorrinha maltês, nascida em Bagé, dia 18 de setembro de 2004, minha filha.
Quando a cadelinha chegou na nossa casa, eu disse uma frase que repito todos os dias: a melhor e a pior coisa que aconteceu nas nossas vidas. A melhor pq nos uniu, trouxe mais alegria para nossa vida familiar, me tornou mais gente. E a pior? Bem... Vcs já devem imaginar, ou melhor, quem ama muito os animais, consegue me entender. A pior pq cativa a todos e a gente sabe que ela é parte da família, que vai viver conosco para o resto de sua curta vidinha. Ao escrever isso, eu choro. E não tenho a menor vergonha de contar.

Quando eu vim morar na Capital do RS, deixei p/ trás todos e td (nessa ordem) e inclusive ela, minha companheira, minha amiga de noite e dia, de passeios pelo campo, de tomar banho de sol, das dores e dos sabores. Tenho comigo desde então uma sensação de abandono que me faz querer dar carinho para todos os cachorrinhos de rua. Sinto como se tivesse deixado minha filha canina, meu filhote branquinho de focinho preto e barriguinha cor de rosa de lado. Ela está com meus pais, melhor impossível, cheia de paparicos, mas mesmo assim ela era tão mais minha do que é hoje.
Ela teve 7 filhotes de uma ninhada só... Quando nasceram eu trabalhava em  Candiota e precisava posar lá, pois no outro dia teria que viajar. Peguei o ônibus após o expediente p/ ficar no máximo 1 hora c/ ela e conhecer sua prole. Ela sabia a hora que chegava e foi correndo me receber e me levar até a caixinha onde estavam aqueles cusquinhos tão adoráveis.
Já me falaram tantas coisas pelo modo como trato a Bellynha, porém sinto uma retribuição de amor em cada troca de olhar, em cada lambida ou quando ela procura por Ana, quando falam meu nome.
E quem disse que precisa ter razão uma relação que tem como base o amor, o respeito, a não obediência rsrs, o cuidado e o dar sem esperar nada em troca? Eles só pedem apenas um pratinho de ração, passeios ao longo do dia, uma águinha limpa e um pouco da nossa atenção.
Morro de saudade...
SUGESTÕES DE FILMES: Marley & Eu  e Sempre ao seu lado

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Ilha da Magia...

Uma gaúcha apaixonada por Floripa. Eu amo meu Estado, a terra daqui é única, os tons de verde são encantadores, mas não posso e nem consigo esconder que sou fascinada pela Ilha da Magia, por Floripa.
Eu já conheci muitos lugares, mas as praias dos catarinas (da Ilha) tem uma energia, um astral, que só tem lá.

Hoje quero publicar um poema, o Hino de Floripa, que tem um texto simples, que considero super bonito.
OBS: Foto é de Ponta das Canas, minha praia favorita. Créditos: Ana Carolina Costa


Rancho de Amor à Ilha 


Um pedacinho de terra
Perdido no mar!...
Num pedacinho de terra,
Belezas sem par!

Jamais a natureza
Reuniu tanta beleza
Jamais algum poeta
Teve tanto, pra cantar!...
Num pedacinho de terra
Belezas sem par! 
Ilha da moça faceira
Da velha rendeira tradicional
Ilha da velha figueira
Onde em tarde fagueira
Vou ler meu jornal
Tua lagoa formosa
Ternura de rosa 
Poema ao luar 
Cristal onde a lua vaidosa 
Sestrosa, dengosa 
Vem se espelhar.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A curiosidade mora aqui!

Há programas de televisão que assisto para me informar, para dar risada, há aqueles que vejo para acompanhar meu marido, outros por puro lazer. O Big Brother Brasil (BBB) eu acompanho desde a primeira edição e sou telespectadora mesmo, sei o que acontece, opino, torço.
Desde sempre existe aquela onda de pessoas que não curtem, que acham um absurdo que alguém desperdice tempo com besteiras como consideram o programa. Não acredito que a maioria das pessoas que querem parecer intelectuais, nunca tenham se rendido para dar aquela espiadinha famosa. Sou crítica, contudo a curiosidade para saber da vida alheia existe.
Engraçado que por hora consigo comparar a curiosidade de assistir o BBB ao Orkut. Colocamos fotos, falamos de nós, trocamos recados com amigos, entramos em comunidades que mostram como somos e como queremos que os outros nos vejam. A curiosidade existe aí também. Um amigo posta uma foto, eu me interesso pelo conteúdo, vou visitar a página e possivelmente deixar um comentário. Estou querendo saber da vida dessa pessoa, igual faço quando assisto TV. Ligo o aparelho na hora do programa e acompanho capítulo a capítulo o desenrolar da vida de cada um.
Eu gosto, mas isso não quer dizer que sou menos inteligente que qualquer um, pelo contrário, vejo o programa com criticidade, buscando dar risada e estar por dentro de um dos programas de maior audiência da televisão brasileira.
Expressar um pensamento, ainda mais quando vai contra o que pensa a maioria, é personalidade. E isso não me falta.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Opção de lazer...

Moro em Porto Alegre há algum tempo e aos poucos estou sendo apresentada a lugares como este, a Barra do Ribeiro, que fica bem pertinho aqui da Capital.
Um lugar maravilhoso para ir com a família, fazer churrasco no fim de semana, ficar embaixo das árvores e até mesmo se refrescar, porque apesar dó local estar situado às margens do Guaíba é próprio para o banho.  Além disso, tem muita gente que pesca em locais adequados para a prática. Fica a dica!

Falta coragem...

A conclusão que chego é que falta ousadia da nossa parte para tantas decisões.
Falta coragem para tomar atitudes, para dar um basta em determinadas situações.
O certo é que a gente nem sempre pode ousar ter a coragem que sonhamos. Há dependência.
Dependo da estabilidade emocional, das contas para pagar, de um futuro incerto...
A coragem que tive para largar tudo e recomeçar há 1 ano me falta neste exato instante.
Simples assim e tão complexo, rsrsrs.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Pensamentos soltos...

Oi! Há muito tempo não consigo parar, sentar e escrever sobre o que penso e sinto. Sempre o trabalho e as atividades com a casa ganham prioridade, mas agora acredito que vou conseguir manter atualizado este espaço.
No perfil já me apresento como jornalista. Sim, sou jornalista, formada, uma apaixonada pela arte de comunicar e pelo diploma que possuo. Fiz Faculdade de Comunicação Social - Hab. em Jornalismo na Urcamp, a qual terminei em Dezembro de 2005. Mas antes disso fiz estágio no Jornal Correio do Sul e na Rádio Sintonia FM. Depois de formada, meu primeiro emprego foi como produtora jornalística de um programa chamado Bagé Agora, que foi veiculado durante um tempão na Pop Rock. Também tinha um quadro, o É fato, que nasceu nos corredores universitários e me acompanhou pós Faculdade.
Em 2007 deixei de lado a dedicação ao profissional e decidi cuidar da saúde. Neste ano, comecei a fazer Letras com Hab. em Espanhol e no fim do ano fui trabalhar no Jornal A 1ª Folha, veículo regional com sede em Candiota, onde permaneci até Outubro de 2009. Entre 2008 e 2009 fiz Pós Graduação na Urcamp, para me especializar em Comunicação e Política, área na qual não tinha grandes conhecimentos. De lá (do Jornal) saí pra vir morar em Porto Alegre, pra casar e buscar novas oportunidades.
Há 11 meses sou assessora de imprensa de um deputado federal da minha terra e este trabalho tem me proporcionado grande aprendizado...